ASPIRINA ESPIRITUAL
Aspirina espiritual
Em algumas partes do mundo, morrem cristãos pelo reino de Deus. Parece longe da nossa realidade. Mas seja a ponto de morrer, seja a ponto de envergonhar-se por ser cristão, a tentativa de nos poupar é letal do ponto de vista espiritual. Jesus disse: “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará” (Mateus 16.25 NVI).
Pode ser que, um dia, haja chance de morrermos fisicamente por Cristo. Mas todos os dias enfrentamos a escolha de nos entregar a ele e nos expor ao mundo por sua causa. Quando nos retraímos, quando evitamos ser rejeitados ou ridicularizados por pregar a Cristo, estamos tentando salvar a própria vida, a qual acabamos perdendo por tais fugas. Vivemos hoje o sonho falso pensando que a felicidade implique na ausência de dor. A marca da nossa sociedade talvez seja a aspirina, o remédio para amenizar a dor. Jesus nos diria que a dor, o sofrimento da cruz, o desgastar-se por ele, faz parte do pacote de ser cristão.
Somente quando estivermos dispostos a sofrer a ignomínia do mundo por causa do nome de Cristo, seremos dignos do Senhor e receberemos a herança eterna, a habitação celestial, onde não há choro, nem dor, nem morte.
Necessário é, portanto, agüentarmos por um pouco de tempo o desconforto momentâneo e o desgaste físico, para sermos renovados interiormente e preparados para a “glória eterna que pesa mais do que todos eles” (2Coríntios 4.16-18).
Randal Matheny