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14-06-2013 09:59
- Justiça do Trabalho nega vínculo empregatício a pastora de igreja evangélica
- Igreja permite entrada de cães em seus cultos e pastora afirma: “Cachorros vão para o céu”
- Após 2 dias no fundo do mar, homem é achado vivo em banheiro de navio
- Conflito no Oriente Médio é mais do que religião
Justiça do Trabalho nega vínculo empregatício a pastora de igreja evangélica Posted: 13 Jun 2013 10:24 AM PDT
A Justiça do Trabalho não reconheceu o vínculo de emprego de um membro de igreja evangélica que alegou ter trabalhado como empregada na tesouraria da instituição.
Na decisão o juiz Plínio Podolan, titular da Vara do Trabalho de Juara, citou jurisprudência do TRT de Mato Grosso, que não reconhece o vínculo empregatício entre os religiosos e a entidade onde atuam. A reclamante alegou que, após freqüentar a igreja por sua ligação religiosa, fora integrada a diretoria para exercer a função de tesoureira, função que exerceu de 1999 até 2005. Desse ano em diante continuou com essas atividades administrativas, porém, nas dependências da igreja e em horário comercial. Desde então passara a receber uma retribuição financeira de dois salários mínimos mensais. O valor passou a ser de três salários mínimos a partir de junho de 2011. Em dezembro de 2012 desligou-se das atividades. A igreja fez sua defesa dizendo que os fatos ocorreram de forma semelhante à forma narrada pela reclamante. Porém, segundo a igreja, a retribuição financeira paga depois de 2005 passou a ocorrer porque ela fora nomeada “pastora em tempo integral” e como pastora tinha atribuições relativas a fé professada seguindo a missão evangelizadora da igreja. Por estas atividades, a instituição passou a contribuir financeiramente com a chamada “prebenda”, que é uma verba destinada a pastores e pastoras que se dedicam de forma integral à igreja. Analisando o depoimento das testemunhas, o juiz concluiu que mesmo o trabalho administrativo, como no caso da reclamante que cuidava da tesouraria, se tratava de trabalho voluntário, realizado com base na fé religiosa. “É razoável admitir que mesmo nas atribuições meramente administrativas, as pessoas que se prestam a essas atividades estejam ali inseridas por vontade despretensiosa”, assentou o magistrado. Assim, o juiz não reconheceu o vínculo empregatício da pastora com a igreja e em conseqüência nem analisou os demais pedidos formulados. (Processo 0000090-33.2013.5.23.0116) Âmbito Jurídico |
Igreja permite entrada de cães em seus cultos e pastora afirma: “Cachorros vão para o céu” Posted: 13 Jun 2013 10:18 AM PDT ![]() - Cachorros vão para o céu. Como o céu seria sem nossos cães? – brinca a pastora Ann Bullis, que afirma ainda que já que os cães têm lugar reservado no céu, seus lugares nos cultos de domingo também estão reservados. - Há uns dois meses alguns fiéis vieram a mim e disseram, ‘Puxa, gostaria de poder trazer meu bichinho de estimação para a igreja. Podemos fazer isso?’ E nós [da igreja] respondemos ‘Porque não?’. Não encontramos uma razão para negar o pedido – contou Ann. Hansen, que deu a ideia à pastora Ann, relata já ter levado seus dois cães para o culto. A pastora apresentou a proposta para a congregação, onde ninguém se opôs à ideia e como única exigência pediram que os donos e seus cães se sentassem nos fundos da igreja para não atrapalhar os fiéis que tivessem alguma alergia aos animais. - Eles são parte da minha vida e os considero membros da família. Eles são verdadeiras bênçãos e Deus se preocupa com os animais… Sempre me lembro de Noé salvando sua família e os animais do dilúvio e sinto que os animais refletem o amor incondicional que Deus tem por seus filhos – relatou conta Louise, segundo o The Christian Post. - Existem pessoas cujos animais são a única família que eles têm. Chegar a uma nova igreja pode ser assustador, mas com seu cão ao lado, pode ser que as pessoas se sintam mais confortáveis – completou Louise, que diz acreditar que a ideia de abrir as portas da igreja para os cachorros pode atrair novos fiéis. Outro membro da igreja que aprovou a ideia foi Todd Hueppchen, que agora pode levar seu Golden Retriever Diego aos cultos dominicais. Hueppchen, que também considera seu animal de estimação como um membro da família, relata que a ida de seu cachorro na igreja não alegrou apenas a ele, mas também os outros fiéis. - Ele vai a todo lugar comigo. E agora eu posso levá-lo à igreja e ele vai participar de tudo. Das duas vezes que vim com Diego, todos pareceram gostar dele. E ele adora ficar perto de gente – afirmou Todd. Gospel+ |
Após 2 dias no fundo do mar, homem é achado vivo em banheiro de navio Posted: 13 Jun 2013 09:13 AM PDT
Harrison Okene estava em barco que afundou na costa da Nigéria.
'Ouvia os peixes comendo os corpos que boiavam ao meu lado', conta. Harrison Okene, de 29 anos, estava no fundo do mar, dentro de um banheiro de um navio rebocador, quando foi encontrado por mergulhadores. Okene passou mais de 60 horas respirando graças a uma bolha de ar que se formou ali na hora do naufrágio, no dia 26 de maio, a 30 quilômetros da costa da Nigéria. Okene tinha certeza de que ia morrer. O cozinheiro de 29 anos estava dentro do rebocador "Jascon-4" quando chuvas fortes atingiram o navio no oceano Atlântico. Das 12 pessoas a bordo, só ele foi encontrado com vida. "Eu estava lá na água em total escuridão e tinha certeza de que era o fim. Fiquei pensando que a água ia encher a sala, mas isso não aconteceu", disse o rapaz, que contou também que partes da sua pele estavam descascando após dias de imersão na água salgada. "Eu estava com muita fome, mas, principalmente, com muita sede. A água salgada tirou a pele da minha boca", disse ele. Às 4h50, Okene diz que estava no banheiro quando percebeu que o rebocador estava começando a virar. Como a água entrou e o navio virou, ele forçou a porta de metal. "Três rapazes estavam na minha frente e de repente a água entrou muito forte. Vi o primeiro, o segundo, o terceiro apenas sendo levados. Eu sabia que esses caras já estariam mortos”, disse ele à Reuters. O que ele não sabia era que ele iria passar os próximos dois dias e meio preso no fundo do mar rezando para que ele fosse encontrado. Para ser resgatado, Okene foi arrastado ao longo de uma estreita passagem entre o banheiro e o quarto. Para a surpresa dos mergulhadores, ele ainda estava respirando. Peixes comendo cadáveres Okene, vestindo apenas cueca, sobreviveu a cerca de um dia no pequeno banheiro, segurando a bacia virada para manter a cabeça fora da água, que só enchia uma parte do cômodo, permitindo com que o rapaz respirasse. Ele sentiu que ele não estava sozinho na escuridão. "Estava muito, muito frio e estava muito escuro. Eu não conseguia ver nada", diz Okene. "Mas eu podia perceber que os corpos da minha tripulação estavam nas proximidades. E eu podia sentir o cheiro deles. Vieram os peixes e começaram a comer os corpos. Eu podia ouvir o som. Foi um horror." Okene não sabia que uma equipe de mergulhadores enviada pela Chevron e pelos proprietários do navio, a Ventures África Ocidental, estava à procura de membros da tripulação. Na tarde de 28 de maio, Okene ouviu um som estranho. "Ouvi um martelo batendo no navio. Bum, bum, bum! Nadei para baixo e encontrei um dispensador de água. Puxei o filtro de água e martelei o lado do navio esperando que alguém me ouvisse. Então, o mergulhador me ouviu." Os mergulhadores invadiram o navio, e Okene viu a luz de uma lanterna, presa à cabeça de alguém que nadava em sua direção. "Quando eu comecei a acenar, ele ficou chocado”, disse Okene. Ele pensou que estava no fundo do mar, embora a empresa afirme que a profundidade era de 30 metros. A equipe de mergulho colocou em Okene uma máscara de oxigênio, roupas de mergulhador e um capacete para que ele conseguisse chegar à superfície, mais de 60 horas depois de o navio ter afundado. O cozinheiro descreve a sua extraordinária história de sobrevivência como um "milagre", mas a memória de seu tempo na escuridão ainda o assombra, e ele não tem certeza se um dia voltará para o mar. "Quando estou em casa, às vezes parece que a cama em que eu estou dormindo está afundando. Acho que ainda estou no mar novamente", diz Okene, balançando a cabeça. "Eu não sei o que impediu a água de encher o cômodo. Eu só fiquei chamando por Deus. Ele me protegeu. Foi um milagre." G1 |
Conflito no Oriente Médio é mais do que religião Posted: 13 Jun 2013 07:39 AM PDT
O Hizbollah está envolvido e há confrontos entre xiitas e sunitas, mas somente o sectarismo não explica a escalada da tensão.
Em Sidon, no Líbano, sírios e libaneses exibem a antiga bandeira da independência síria, símbolo dos rebeldes, e a bandeira do Líbano, com o cedro no centro. O evento era em solidariedade à queda de Qusair Há alguns dias, o influente religioso sunita Yusuf al-Qaradawi denunciou o movimento xiita libanês Hizbollah – cujos combatentes ajudaram o regime de Bashar al-Assad a retomar a cidade síria de Qusair na semana passada – como o "partido de Satã". Falando em Doha, pouco antes da queda de Qusair, Qaradawi não parou por aí: o religioso, cujos discursos e sermões são ouvidos por milhões de pessoas, deu um passo perigoso, pedindo que os muçulmanos sunitas com treinamento militar apoiem os rebeldes sírios contra Assad. Foi um sermão que não apenas marcou uma clara mudança nas tensões sectárias no Oriente Médio entre sunitas e xiitas, mas uma escalada na própria retórica de Qaradawi. Quando o ouvi pregar sobre a Síria na mesquita lotada de al-Azhar no Cairo, no outono passado, ele foi firme ao condenar o regime Assad, mas não chegou a endossar uma jihad. Em Doha, porém, os comentários de Qaradawi abrangeram uma noção sectária mais perigosa. "O líder do partido de Satã vem combater os sunitas... agora sabemos o que os iranianos querem... eles querem continuar os massacres de sunitas", disse Qaradawi. "Como 100 milhões de xiitas poderiam derrotar 1,7 bilhão [de sunitas]? Só porque os muçulmanos [sunitas] são fracos." Os comentários de Qaradawi -- endossados na semana passada pelo grande mufti da Arábia Saudita, Abdul Aziz al-Asheikh – não saíram do nada. Foram uma resposta direta ao discurso feito pelo secretário-geral do Hizbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, que não apenas admitiu que seus combatentes estavam na Síria, como prometeu que seus homens ajudariam Assad – um membro da secto xiita alauíta – até a "vitória" final. Se houvesse necessidade de prova da escalada da dimensão sectária da crescente instabilidade regional no Oriente Médio – na qual o agravamento do conflito na Síria tem uma grande papel – ela ficou clara na semana passada. É visível nos destroços de Qusair, na Síria, agora esvaziada da maior parte de sua população e dominada por uma força conjunta do Hizbollah e do governo Assad, assim como o balneário libanês de Trípoli, o segundo maior do país, onde as batalhas entre milícias alauítas e sunitas continuam. Também foi visível no Iraque, onde tensões letais, inspiradas em parte pela Síria, mas mais amplamente pelas próprias tensões políticas do país, vêm crescendo quase semanalmente, como testemunham as mais de mil mortes em maio, o maior número mensal desde 2008. E tem sido a Síria -- principalmente -- que serviu como ímã para os que desejam lutar, tanto para os jihadistas sunitas quanto para xiitas iraquianos e libaneses. Tornou-se um clichê nos últimos meses falar sobre uma divisão sectária inevitável e insuperável entre sunitas e xiitas, por causa de um cisma que ocorreu no islã há 1.400 anos. A realidade é que o momento atual das tensões no Oriente Médio é muito mais complexo do que o simples ódio religioso. Ele reflete sobretudo um atrito crescente que se origina em rivalidades mais recentes sobre poder, direitos e identidade que foram exacerbados pela guerra no Iraque e pelas reconfigurações da Primavera Árabe. No próprio cerne do debate está o quanto as tensões sectárias em si impulsionam os novos conflitos, ou se as tensões sunitas-xiitas foram usadas em rivalidades locais e regionais cuja natureza tem tanto a ver com poder, política e distribuição de recursos quanto com a religião. A separação dos dois ramos do islamismo é quase tão antiga quanto a própria religião, resultado de uma disputa política pela liderança entre seguidores do profeta Maomé depois de sua morte. O que surgiu foram interpretações às vezes sutilmente diferentes – e às vezes radicalmente – dos ensinamentos de Maomé. Apesar disso, não houve equivalente na história islâmica a uma Guerra dos Trinta Anos entre protestantes e católicos na Europa, enquanto por longos períodos e em muitos lugares – principalmente no Iraque, apesar de seus problemas recentes – xiitas e sunitas não apenas coexistiram como se misturaram amplamente através do casamento. Marc Lynch, diretor do Instituto para Estudos do Oriente Médio na Universidade George Washington, escrevendo recentemente na revista Foreign Policy, advertiu que a ênfase estreita para o sectarismo não é útil. "A narrativa mestre sectária", escreveu Lynch, "obscurece mais que revela as linhas principais do conflito no Oriente Médio emergente. A próxima era será definida pela concorrência entre candidatos ao poder domésticos (na maioria sunitas) em países transnacionais radicalmente incertos e candidatos (na maioria sunitas) ao manto da liderança regional árabe. O antixiismo não garante mais a unidade sunita do que o pan-arabismo produziu a unidade árabe nos anos 1950." Em outras palavras, os conflitos emergentes são principalmente intersunitas, mais que sunitas-xiitas. Lynch também aponta para a rivalidade entre o Catar e a Arábia Saudita para armar facções rebeldes diferentes, uma concorrência que minou a unidade da oposição síria, como ele sugere. Geneive Abdo, uma associada no grupo de pensadores Stimson Centre e autora de The New Sectarianism [O novo sectarismo], entretanto, admite ser "razoavelmente pessimista" sobre a atual trajetória das tensões entre as duas seitas islâmicas, afirmando que ela ocorre em meio a uma "intensificação" mais ampla da identidade sectária em todo o Oriente Médio que não pode ser facilmente explicada com referência ao contexto social, econômico ou político. "Não devemos esquecer que parte do novo sectarismo começou com o Iraque [depois da invasão]. A queda dos regimes autoritários durante a Primavera Árabe", ela acrescenta, "coincidiu com um interesse maior pela política de identidade de todo tipo, incluindo a identidade sectária." Abdo – como vários outros analistas – situa as raízes das atuais tensões entre xiitas e sunitas nos anos 1960 e 70, e não mais para trás no tempo. Nesse período começou o movimento de renascimento xiita no Líbano, que – como o movimento de oposição na Síria hoje – pedia igualdade de direitos inclusivos para os xiitas em Estados governados por sunitas. Abdo acredita, entretanto, que o novo sectarismo é promovido por fatores concorrentes, que incluem tanto a maneira como os Estados sunitas e xiitas estão envolvidos na Síria, as tensões sectárias na própria Síria e "a percepção" em lugares como Bahrein, onde uma monarquia sunita concorre com uma maioria xiita sobre direitos políticos, que a concorrência é sectária por natureza – uma profecia que se cumpre por si mesma. A questão de como o sectarismo está influindo nos conflitos emergentes na região – principalmente na Síria – torna-se duplamente difícil pelo fato de que o espectro do conflito sunita-xiita ampliado também está sendo cinicamente explorado, uma alegação feita pelo estudioso iraquiano Harith al-Qarawee, que escreveu sobre o Iraque na National Interest no início deste ano. Lá, ele afirma, "as identidades sectárias são usadas por empreendedores políticos para alcançar objetivos políticos. Embora o simbolismo cultural e as narrativas coletivas façam parte desse processo, os verdadeiros objetivos são políticos – e amplamente calculados". Qarawee e outros também apontam para o recente processo de "sunificação". Em um nível local no Iraque, a minoria sunita – que já dominou o país e foi política e economicamente excluída em um Iraque pós-Saddam dominado por xiitas – adota uma identidade cada vez mais sectária. Mais amplamente, embora muito menos perigosamente, isso coincidiu com a emergência de novos governos islâmicos em toda a região, estreitamente associados a ou dominados pela Fraternidade Muçulmana. Outros afirmam que o sentido de uma crise sectária – mais notadamente em relação à Síria – foi criado pelo regime Assad. "O elemento sectário foi introduzido na revolução em março de 2011 pelo próprio regime Assad, que quer identificá-lo com o conflito sectária", diz a escritora e analista síria Rime Allaf. "Ele deliberadamente abraçou essa ideia porque sabe que as pessoas têm medo dela... O regime e seus aliados no Hizbollah tentaram apresentar sua posição como defensiva, mas as pessoas não a estão comprando." Ela também argumenta que a recente assimilação do Hizbollah por Assad tem tanto a ver com sua falta de confiança em setores de suas próprias forças armadas quanto com uma aliança estratégica pan-regional que se estende do Irã ao Líbano. E se foi a intervenção aberta do Hizbollah no combate em Qusair que fez disparar um alarme ainda mais forte, vale a pena notar que o interesse do Hizbollah na Síria tem menos a ver com o destino de seus correligionários alauítas e tudo a ver com sua própria sobrevivência e seus interesses. Um cliente libanês do Irã, o Hizbollah há muito tempo contou com o regime Assad como canal para as armas sofisticadas e outros apoios que permitiram ao movimento exercer uma influência desproporcional no Líbano. Não foi só na Síria que o alegado perigo da interferência sectária foi usado para justificar abusos aos direitos humanos. No Bahrein, que teve protestos intermitentes durante dois anos e uma constante repressão pelos governantes sunitas contra os xiitas marginalizados, a família reinante tentou pintar os protestos legítimos como interferência inspirada pelo Irã. Vali Nasr, um membro do Conselho de Política Externa do Departamento de Estado dos EUA e autor de The Shia Revival [O renascimento xiita], que mapeou a crescente importância da influência e da política xiitas desde a queda de Saddam, suspeita que também pode haver considerações doutrinárias mais sutis em ação nos comentários cada vez mais febris de pessoas como Qaradawi. Nasr indica o comentário de Qaradawi de que os sunitas só podem ser derrotados se "forem fracos". "O Hizbollah e o Irã armaram uma coisa grande. Eles mostraram [em Qusair] que são mais capazes de combater que os sunitas. Para aqueles como Qaradawi – para os quais o discurso é sobre o empoderamento dos seguidores da verdadeira religião – não se pode permitir que os sunitas sejam mostrados de alguma forma como frágeis." Enquanto Nasr há muito tempo previu uma mudança decisiva no centro de gravidade no Oriente Médio em direção ao Iraque e ao Irã xiitas, ele toma cuidado para distinguir entre as motivações de combatentes xiitas individuais que estão sendo atraídos para a Síria de lugares como o Iraque, e jihadistas sunitas que viajaram para combater por grupos como o Jabhat al-Nusra, depois das recentes alegações da emergência de um novo tipo de "jihadismo xiita". "Para os xiitas, a Síria não é a guerra civil espanhola ou o Afeganistão. Muitos desses xiitas que vão lutar vêm de lugares como o Líbano e o Iraque, porque acreditam que estão lutando por si mesmos. "É considerado uma mobilização por aqueles que temem que, se Assad perder, os sunitas virão persegui-los. Eles a consideram uma defesa preventiva." E acrescenta: "As pessoas no Oriente Médio em geral se importam com a Síria não necessariamente porque se importem com os sírios, mas porque se importam com suas próprias lutas". Nasr, que é mais otimista que a maioria, sugere também que as atuais tensões podem ser vistas como o desenrolar final da forma da região concebida no acordo anglo-francês de Sykes-Picot, que previu o desmembramento do Império Turco-Otomano. "Aquelas estruturas estão se desfazendo agora: primeiro sob as botas dos soldados americanos no Iraque e, mais recentemente, sob os calcanhares dos manifestantes pró-democracia na Primavera Árabe." Leia mais em guardian.co.uk Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves Carta Capital |